sábado, 12 de março de 2011

Greve no Maranhão repercute nacionalmente.

Fábio Ramalho – Portal  CTB
Governo do Maranhão continua sem dar ouvidos a greve

Agora o governo Roseana Sarney tenta manipular a opinião pública e mente para a sociedade ao dizer que agora está organizando a rede estadual, a começar pelo calendário escolar, e que tudo vai bem na educação. Vale dizer que o ano letivo começou, no dia 21, sem muitas escolas terem sequer carteira para os alunos sentarem;

O governo envereda por um caminho perigoso quando atribui aos educadores o não cumprimento de um acordo para regularização do calendário escolar que há anos está defasado, não pelos protestos dos trabalhadores, mas por falta de professores.

A governadora Roseana Sarney, que anunciou que faria “o melhor governo da sua vida” e que “a educação passaria por uma revolução”, tem a oportunidade de entrar para a história ao atender às reivindicações dos educadores.

Afinal, o Maranhão disputa os últimos lugares no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). A situação do ensino cada vez mais precária deve-se a política de sucessivos governos que não priorizaram a Educação. Sabemos da crise pela qual passa a educação pública no país, e no Maranhão não é diferente, com um agravante: aqui se encontram cinco das 20 piores escolas do Brasil.


A greve na Educação Pública Estadual do Maranhão, que iniciou no dia 1º de março, ganhou força com o passar dos dias. As manifestações e as constantes blitz nas portas das escolas organizadas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) surtiram bons resultados. Foi o que avaliou a direção do sindicato em reunião na última sexta-feira (04), em que analisaram os efeitos da primeira semana de paralisação.
Segundo o secretário de comunicação do SINPROESEMMA e presidente da CTB-MA, Júlio Guterres, aproximadamente 90% da categoria aderiu à paralisação que tem como foco principal reivindicar contra as precárias condições de trabalho dos educadores que iniciaram o ano letivo de 2011, no dia 21 de fevereiro, com salas superlotadas e sucateadas, escolas com falta de mesas e cadeiras para alunos ou escolas sem professores, entre outros problemas. “O governo iniciou as aulas no estado só mesmo para dizer que o ano letivo começou, mas da maneira que está é como se não houvesse preocupação com o futuro dos alunos, pois se nem as escolas têm condições quem dirá em relação à valorização do professor”, diz o dirigente.
Os professores de Matões também aderiram a greve. Até o momento, o governo se mantém irredutível em não negociar com os professores paralisados. A única proposta apresentada, até o momento, foi de reajuste salarial de 10% para outubro deste ano, mas a categoria rejeitou por conta que em 2010 não houve acréscimo na folha de pagamento dos educadores.

3 comentários:

Anônimo disse...

Olá Léo, procurando informações sobre a greve da educação estadual em Matões encontrei seu blog, gostaria que me mantivesse informada de como tá a adesão dos professores daí. Trabalho em Parnarama, cidade vizinha a Matões.
De já agradeço!

Leo Rodrigues disse...

Ok! Fique de olho no blog..Obrigado!

Anônimo disse...

É entristecedor ver o colápso na rede de ensino maranhense. É por isso que digo que o Maranhão nunca vai evoluir; eu nunca vi nenhum lugar crescer tratando os professores como porcos, dando a eles algumas migalhas e exigindo que trabalhem bem. Mas essa é realmente a intenção da governadora; ela quer gente com pouca informação, que não saiba dos seus direitos, criando uma massa burra e acomodada, que aceita a falta de hospitais, escolas, infra-estrutura; gente que acha tudo o que ela faz um mero favor, que não entende que paga impostos altíssimos em tudo,gente ignorante o suficiente para acreditar no que ela diz nas propagandas e que vota nela de 4 em 4 anos. E não entendo como um cidadão tem seus direitos violados todos os dias e não sabe.
E se continuar assim, aqui sempre será a escória do Brasil, o Maranhão de miseráveis que não acompanha os passos largos do país.